terça-feira, 29 de setembro de 2009

Conheça Mais a CATARES



COOPERATIVA DE TRABALHO DOS CATADORES DE MATERIAL REAPROVEITAVEL DE SOROCABA

COOPERATIVA DE TRABALHO DOS CATADORES DE MATERIAL REAPROVEITAVEL DE SOROCABA-CATARES

A Catares faz parte do projeto municipal de coleta seletiva de Sorocaba.
O projeto tem como mantenedora a UNISO, em parceria com a prefeitura Municipal, e Sorocaba sob a responsabilidade da Secretaria de Parceria. Tem como objetivo organizar a ação solidária de seus cooperados em suas atividades profissionais específicas, proporcionando viabilidade econômica em suas tarefas de coleta seletiva.
Atualmente conta com 25 cooperados sendo que 15 cooperados voluntários, ou seja que não dependem financeiramente da cooperativa. Os demais trabalham efetivamente na coleta e separação dos materiais coletados, no sistema porta-porta, sendo proibido mexe nos contêiner, preservando sua dignidade de agente ambiental.
São 13 bairros sendo 190 ruas e 600 casa. Gerando uma renda média de 450,00 e um total de 15.000 toneladas por mês de material.

Estatuto foi registrado na junta comercial em 22 de maio de 2004
CNPJ 04.633.412/0001-10
INSCRIÇÃO ESTADUAL 669.630.969.114
Localizada na Av. Londres, 365 Jd. Europa Sorocaba SP
CEP 18.045-330 Fone: 32024234
PRESIDENTE: Oswaldo Jose Ferreira- Cooperado Voluntário
COORDENADOR TECNICO: Miguel Arcanjo de Jesus Almeida

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Inauguração da Cooperativa Catares

14/12 - 18h
Uniso e Prefeiturainauguram a Cooperativa Catares
Resultado da parceria entre a Uniso e a Prefeitura Municipal, nesta manhã, foi inaugurada a Cooperativa de Trabalho dos Catadores de Material Reaproveitável de Sorocaba (Catares), localizada na Av. Brasil, nº 996, em cerimônia com a participação de representantes das parceiras, professores, catadores e convidados.
Em seu pronunciamento, o reitor, professor Aldo Vannucchi, lembrou que a Uniso vem trabalhando e sonhando com esse dia, há dez anos, “visando contribuir com gente respeitada no seu dia-a-dia, à luz dos princípios cristãos”, disse.
O Arcebispo de Sorocaba, Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, presidente da Fundação Dom Aguirre (FDA), destacou o papel comunitário da Universidade, com seus projetos para Sorocaba e região, complementando ainda que, com mais essa ação, Sorocaba caminha na construção de uma cidade solidária.
A abertura da solenidade foi realizada pelo secretário de parcerias, José Mauricio Dell’Osso Cordeiro, que apresentou uma das etapas do Plano Municipal de Coleta Seletiva de Lixo: a cidade foi dividida em seis áreas, cada uma delas de responsabilidade das cooperativas. A Catares, por exemplo, cuidará do centro de Sorocaba.
Com as cooperativas, a expectativa é a coleta de 2.230 toneladas de material reciclável anualmente, em Sorocaba, sendo que 49.500 árvores deixarão de ser cortadas. O objetivo, ainda, é ampliar o número de cooperativas.
“Mais um compromisso está sendo firmado para gerar maior renda à comunidade e colaborar com o meio ambiente. Sorocaba está feliz”, observou o prefeito Vitor Lippi, lembrando, ainda, das parcerias estabelecidas com a Uniso para a realização de projetos em várias áreas.
A solenidade foi encerrada com a assinatura da parceria. Além das autoridades citadas, a inauguração teve a participação dos professores Marli Gerenutti, Vice-Reitora e Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, Fernando de Sá Del Fiol, Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários; Antônio Carlos Bramante, Secretário da Juventude; e Francisco Carlos Ribeiro, coordenador da Catares; e o presidente Antonio Severino de Souza.
A Catares começou no início do mês e agrega 20 catadores, com previsão de que sejam recolhidas 15 toneladas mensais de material reciclável nessa área.
O diferencial da cooperativa será a atuação da Uniso, que está transformando o espaço num núcleo para estudos sobre trabalho e sociedade, com o objetivo de capacitar, por meio de projetos e eventos, os indivíduos ligados à reciclagem. A Catares é coordenada pelo professor Francisco Carlos Ribeiro.

Na cerimônia de inauguração: prof. Antônio CarlosBramante, Secretário da Juventude; profª Marli Gerenutti,Vice-Reitora e Pró-Reitora; Arcebispo de Sorocaba, Dom Eduardo; prefeito Vitor Lippi; secretário de parcerias, José Dell’Osso Cordeiro; Reitor, prof. Aldo;prof. Fernando, Pró-Reitor de Extensão; e Antonio Severino, presidente da Catares

Antonio Severino, presidente da Catares, assina a parceria

Evento reuniu representantes da Prefeitura e da Uniso, professores, catadores e convidados

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Descarregamento do material


Material

Separação dos materiais


Fachada da Catares


terça-feira, 15 de setembro de 2009

A coleta seletiva em Sorocaba

Fernando Rosa, José Pregun e Sandro Mancini

Notícia publicada na edição de 30/12/2008 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

Qual é o intuito de uma “seleta coletiva” se não existe coleta seletiva? Qual é a razão de coletar seletiv amente se as pessoas não separam coletiv amente? Todos nós geramos “lixo”, ou seja, somos parte do problema. E da solução.
A Prefeitura de Sorocaba, em 2007, iniciou o Programa Municipal de Coleta Seletiva, dividindo o perímetro urbano do município em seis setores, os quais contêm potenciais estimados semelhantes em termos de quantidade de “lixo” reciclável gerado. Os seis setores, divididos atualmente em doze núcleos, estão distribuídos para o atendimento de quatro cooperativas: Coreso, Catares, Ecoeso e Reviver. A municipalidade disponibilizou recursos para a implantação da infra-estrutura básica para cada núcleo. Por outro lado, as cooperativas ficam sujeitas a conduzirem o seu próprio gerenciamento e assumem o dever de promover a inclusão social de catadores (agora chamados agentes ambientais), incorporando-os ao mercado de forma digna, disciplinada e autônoma.
Um estudo desenvolvido pela Unesp diagnosticou e avaliou o atual sistema de coleta seletiva de Sorocaba a partir do levantamento dos procedimentos e do cotidiano da cooperativa Reviver, que atende a região nordeste da cidade, incluindo bairros como Iguatemi, Morumbi, Saira, Leocádia, Progresso, Abaeté, Éden, etc..
A coleta seletiva funciona com a modalidade “porta-a-porta” não mecanizada, ou seja, os cooperados coletam, através da tração humana, o que a população separa. Eles então puxam carrinhos de aproximadamente 50 quilos e com capacidade de carregar outros 150 quilos de materiais recicláveis, percorrendo rotas relativamente extensas e cansativas, algumas com longos declives (há planos de se acoplar um motor elétrico aos carrinhos). Em outubro de 2008, na área da Reviver existiam 9 rotas diferentes distribuídas por 28 bairros, tendo sido atendidos 2.062 fornecedores (residências, empresas, escolas etc), distribuídos em 215 ruas.
Levantou-se ainda, durante o período de janeiro a outubro de 2008, que a média de materiais comercializados pela cooperativa é de 35 toneladas/mês, sendo que a meta estabelecida para cada cooperativa é de 400 toneladas/mês. Por outro lado, e o mais interessante, é que a média de materiais comercializados por cooperado atinge 2 toneladas/mês, exatamente o que é previsto pelo Programa. Ou seja, os agentes ambientais realmente estão cumprindo com suas responsabilidades, cada um desviando 67 kg/dia de materiais recicláveis do aterro sanitário. Como os cooperados recebem pelo que coletam, de janeiro a outubro de 2008 a média financeira que cada um atingiu foi de R$ 473,00 por mês, já descontados o INSS e a taxa administrativa, esta última utilizada para o pagamento de despesas da cooperativa.
Como conclusão, ainda são poucos os cooperados: o número mínimo de agentes ambientais na Reviver foi de 14 em janeiro e o máximo de 21 em agosto de 2008. Há, porém, uma série de “catadores” de rua, que não se sentem atraídos pelo trabalho nas cooperativas e que acabem competindo com elas.
A adesão da população ainda deixa a desejar. Muitas residências não são cadastradas à cooperativa por preguiça de realizar a separação, ou por não querer acumular material em casa ou assumir o compromisso, alegando não ter tempo para separar e tão pouco para fornecer o material em dia e hora específicos. Muitos moradores dispostos a colaborar se equivocam ao achar que os cooperados recebem algum tipo de pagamento da Prefeitura e por isso acreditam que os catadores de rua sejam mais necessitados.
Para complicar, a população acaba descartando uma série de materiais que não são comercializados, muitas vezes por ainda não existir mercado para estes resíduos ou por estarem muito sujos. É importante que sejam entregues somente materiais que as cooperativas consigam vender, evitando, por exemplo, isopor, espumas, filtros de café usados, tecidos velhos, latas de tinta e solventes, cerâmicas, recicláveis muito contaminados, restos de comida, embalagens metalizadas (biscoitos, salgadinhos, etc.), lixo de banheiro, adesivos, entre outros. É necessário, principalmente para algumas embalagens como caixas de leite, que seja feita uma breve limpeza, para evitar problemas relacionados com odores e atração de insetos e outros animais.
Afinal, qual é o intuito de uma “seleta coletiva” se não existe coleta seletiva? Qual é a razão de coletar seletivamente se as pessoas não separam coletivamente? Todos nós geramos “lixo”, ou seja, somos parte do problema. E da solução.
Fernando Salles Rosa é engenheiro ambiental formado pela Unesp-Sorocaba (www.sorocaba.unesp.br) e autor do estudo; José Carlos Pregun é agente ambiental da cooperativa Reviver e Sandro Donnini Mancini (mancini@sorocaba.unesp.br) é professor da Unesp-Sorocaba e o orientador do estudo.